Localizado na microrregião de Piancó, no sertão paraibano, o Açude Coremas-Mãe D’Água, conhecido popularmente como “Mar do Sertão”, é uma das mais importantes reservas hídricas do Brasil. Desde sua inauguração, na década de 1940, o reservatório tem desempenhado um papel fundamental no abastecimento de água para diversas cidades do interior da Paraíba, além de servir para a irrigação e outras atividades econômicas da região.
A construção do açude teve início em 8 de abril de 1937, sob responsabilidade do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), sendo concluída em 1942. O projeto foi liderado pelo engenheiro potiguar Estavam Marinho, que viabilizou a execução da obra.
Na época de sua conclusão, Coremas-Mãe D’Água foi considerado o maior reservatório do Brasil, título que manteve até 1960, quando foi inaugurada a Barragem de Orós, no Ceará. Mesmo assim, o açude permaneceu sendo a principal reserva hídrica da Paraíba e uma das cinco maiores do país, reforçando sua importância para a segurança hídrica do semiárido nordestino.
O Açude de Coremas não apenas transformou a vida da população local, garantindo abastecimento e possibilitando atividades agrícolas, como também atraiu a atenção de líderes políticos. Três presidentes brasileiros – Getúlio Vargas, Eurico Gaspar Dutra e Juscelino Kubitschek – visitaram a barragem durante seus mandatos, reconhecendo a importância estratégica do reservatório para o desenvolvimento regional.
Além de seu papel fundamental no abastecimento hídrico, o açude também impulsiona o turismo local, sendo cenário de lazer e pesca para moradores e visitantes. Com o passar das décadas, o "Mar do Sertão" continua sendo um símbolo da resiliência e da luta contra a seca no Nordeste brasileiro.
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