OAB-PB: Entre discursos e promessas, Advocacia segue sem respostas

Críticos tem apontado que a gestão da OAB-PB vem se dedicando mais a promover discursos e desfiles do que mostrar resultados efetivos. “O que vemos é um show de marketing político, onde a autopromoção é a tônica, e o mais insano, tornando o advogado plateia de um tipo singular de estelionato político”, comentou um um advogado paraibano. 

No último dia 3 de fevereiro, a diretoria da OAB-PB, liderada pelo presidente Harrison Targino, reuniu-se com o governador João Azevêdo para discutir pautas cruciais para a advocacia. Entre os temas estavam a criação da Lei do Piso Estadual da Advocacia, a regularização do pagamento dos honorários dos advogados dativos, a ampliação das Requisições de Pequeno Valor (RPVs) e a participação da OAB no Conselho Estadual de Meio Ambiente.

O encontro foi amplamente divulgado, repleto de declarações sobre a harmonia entre as instituições. No entanto, passadas semanas, a advocacia segue sem respostas concretas.

A mesma “estratégia” se repete na Caixa de Assistência dos Advogados da Paraíba, onde o presidente alardeia a existência da realização de 200 parcerias para beneficiar a classe, mas a realidade é muito distinta e não sai das linhas do discurso. Trata-se de uma vergonhosa distorção numérica, inflada para sustentar uma falsa propaganda. Aumentaram dois zeros pois o próprio Instagram da CAA delatou a realização apenas de duas parcerias. 

Enquanto as respostas sobre questões essenciais não chegam, as redes institucionais se transformam em verdadeiros palanques pessoais e políticos. Em vez de ações, o que se vê são postagens carregadas de autopromoção, que passaram a servir mais para impulsionar nomes e interesses políticos do que buscarem ações concretas pela advocacia.

Diante desse cenário, ficam os questionamentos:

Quando será enviado o projeto de lei do Piso Estadual da Advocacia?

E por que a CAA não se dá ao respeito e publica as 198 parcerias que diz ter realizado? 

A advocacia paraibana merece transparência, e, acima de tudo, ações reais. Afinal, se a gestão promete muito e nada entrega, estamos diante não só de propagandas enganosas, mas de verdadeiros atentados contra a verdade e a honestidade.