Em um claro retrocesso para os direitos das mulheres em Marí, a Câmara Municipal rejeitou, durante a 1ª sessão legislativa realizada nesta quarta-feira (26), o projeto que propunha a criação da Secretaria Municipal da Mulher. A proposta visava fortalecer políticas públicas para o empoderamento feminino, oferecer suporte a mulheres em situação de vulnerabilidade e garantir avanços na promoção da igualdade de gênero no município.
A sessão, presidida por Djá Moura, contou com a presença de 10 vereadores. O projeto, no entanto, não obteve os votos necessários para a sua aprovação, sendo barrado pelos votos contrários de Erivan de Sousa, Valeska Magalhães, Ronaldinho, Emanuelly e Tânia Silva. Já os parlamentares Alisson Gomes, Diego de Sapinho, Elenice (Nice do Assentamento) e Vânia de Zú votaram a favor da proposta. A vereadora Kessinha não compareceu à sessão.
A decisão gerou indignação entre a população e ativistas dos direitos das mulheres, que veem na revogação do projeto um grande retrocesso. A criação da secretaria representativa um avanço significativo na estrutura municipal, garantindo suporte institucional para combater a violência doméstica, fomentar a inclusão social das mulheres e desenvolver políticas voltadas à equidade de gênero.
A postura dos vereadores que votaram contra a iniciativa mostra um desprezo preocupante pela luta das mulheres marienses. Em um cenário nacional onde a violência contra a mulher cresce a cada ano, negar um espaço institucional para atendimento e proteção feminina significa fechar os olhos para uma realidade alarmante.
Além da negativa à criação da Secretaria da Mulher, a Câmara também deixou de votar o reajuste do piso do magistério (01/2025), encaminhando o projeto para análise das comissões. O episódio levanta questionamentos sobre o compromisso dos parlamentares com temas fundamentais para o desenvolvimento social e educacional do município.
A população espera que os vereadores contrários à proposta expliquem os motivos de sua decisão e que a criação da Secretaria da Mulher volte à pauta, pois políticas públicas externas para a proteção e o empoderamento feminino não são um luxo, mas uma necessidade urgente.
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